Chiara lança seu terceiro CD," 7752" , pelo selo da parceira Ana Carolina
Ao piano, Chiara Civello mostra uma composição na qual ela e Ana Carolina têm trabalhado "obsessivamente" nos últimos dias. No violão está a parceira e anfitriã, as duas fazem belos vocalises e se concentram no tema, complexo, rico em seu desenho melódico, que, como comenta, em fluente e correto português, a cantora e compositora italiana radicada em Nova York, lembra a estrutura de uma ária.
No Teatro em 4 de dezembro Forma Romano cantora
Chiara Civello em concerto
Sábado, 4 dezembro, 21h30, continua a temporada da forma de teatro musical com um concerto de Chiara Civello, exclusivamente para Puglia. A cantora Romana vai se apresentar no piano e guitarra e será acompanhado por Marco Siniscalco (baixo), Nicholas Costa (guitarra) e Fabrizio Fratepietro (bateria).
"Lua minguante" é o álbum de estréia do cantor e compositor, pianista e Chiara Civello, o primeiro italiano que assina um contrato com a "Verve", alguns grandes gravadoras de jazz. A coleção de peças originais inseridas no firmamento dos compositores novos da cena atual. O álbum foi produzido pelo veterano pop Russ Titelman, conhecido por suas colaborações com Paul Simon, Lee Jones Rickie e James Taylor. É certamente um começo dos mais promissores para Clara, como tomamos agora para indicar que mais do que um começo é um ponto de chegada. Questionado se um álbum de estréia ou uma primeira tentativa, Clare respondeu "sim, claro, é o primeiro passo neste mundo, mas é o primeiro passo de uma pessoa que já percorreu um longo caminho."
Sua era de fato uma longa jornada, não só através da música, com o Oceano Atlântico.Nascido em Roma em 15 de junho de 1975, Clare foi incentivado a tocar piano por sua avó. Scordatissimo brincando, diz que o plano vertical da avó era uma grande escola para o refinamento de seu ouvido musical. Estreou profissionalmente na idade de 16 e ganhou uma bolsa para a Escola Berklee de prestígio em Boston, onde se graduou em 1998.
Os grandes professores que dirigem seus estudos: Hal Crook trombonista e saxofonista Ed Tomassi e Jerry Bergonzi. "Comecei com uma abordagem puramente instrumental para o uso da voz", lembra ele. "Eu era obcecado com bebop e solos transcritos na continuação de Charlie Parker, Miles Davis, John Coltrane, e do jazz avant-garde grande."
Durante seus anos universitários Clare é já uma presença importante na cena musical de Boston, apresentando-se regularmente em locais que já sediaram algumas das melhores músicos americanos. Mas sua jornada não se destina a culminar em Boston, nem limitado ao jazz. Como muitos de seus antecessores deixaram a Berklee, se mudou para Nova York, torna-se inevitável. Procurando algo musicalmente mais perto de suas raízes mediterrânicas, mergulhos no estudo da música latina e brasileira em particular, e aprende o espanhol e Português. Estamos em 1998, ano em que ele compôs sua primeira canção, "Palavras incerto", uma canção sobre o controle remoto para mudar o curso da sua vida.
Claire, em seguida, começou a compor e escrever letras em Inglês. Estudo de Bob Dylan, Joni Mitchell, Tom Waits e James Taylor, com quem gravou como vocalista em seu mais recente álbum, "October Road". Enquanto isso ele é chamado por Tony Bennett para gravar um dueto para o álbum dele. Os frutos do trabalho desses anos são as dez músicas de seu álbum de estréia, sete deles escritos por ela e três em colaboração com outros artistas, incluindo a balada "Trouble", composto por um dueto com o lendário Burt Bacharach.
"Eu já havia escrito a maioria das músicas - explica ele -, quando Russ me chamou e me disse que Burt Bacharach queria escrever comigo. "Trouble" vem em três belos dias na casa em Los Angeles de Burt, durante a qual tomou forma uma melodia na minha mente por alguns dias. Jazz é um extraordinário meio de exploração de entrar na música - diz a Chiara sobre sua trajetória de busca - mas eu sabia que poderia ser a nova Ella Fitzgerald, Shirley Horn, nem nova. Eu me aproximei diferentes estilos musicais, mas eu sempre pensei que tinha encontrado a minha voz, além de tempo para desaprender, de ser livre. Como balão de ar quente para voar deve soltar os sacos de areia. E eu quero ser o mais leve possível, leve como uma pluma, como uma pena. "
Seu último álbum, "7752" foi publicado 20 de junho de 2010 pela gravadora Universal. O álbum alcançou a posição número 52 no álbum mais vendido FIMI na Itália.
Confira o texto original na página : www.lsdmagazine.com/al-teatro-forma-il-4-dicembre-chiara-civello-in-concerto-in-esclusiva-per-la-puglia/6221/
Texto traduzido por : Poliana
Aproveitamos que a parceria musical Chiara Civello e Ana Carolina rendeu frutos – o CD 7752, terceiro de Chiara, tem cinco canções da dupla – e pedimos para Ana fazer umas perguntinhas à cantora italiana
Ana Carolina: 7752 é a distância, em quilômetros, entre Rio de Janeiro e Nova York. O que você mais gosta nas duas cidades?
Chiara Civello: – Amo o Rio por ser uma cidade que tem tudo: mar, lagoa, montanha, cachoeira, floresta. Já NY, por fazer tudo acontecer rapidamente.
AC: A soma entre 7752 dá 3, número ligado à criação...
CC: – Unido ao fato de ser o meu terceiro disco forma uma linda coincidência!
AC: Como você interpreta as vertentes cantora e compositora?
CC: – Quando eu escrevo uma canção tenho de desejar cantá-la. Compor é a reconstrução de um estado emotivo através de uma administração de pausas e notas e a voz é a expressão suprema disso. Se a emoção em cantá-la chegar de um jeito claro e forte, eis uma boa canção.
AC: Alguma música que gostaria de ter feito e não fez?
CC: – Muitas! Por exemplo: Coração vagabundo, do Caetano; Lately, do Stevie Wonder e Moon river, do Johnny Mercer.
AC: Eu adoraria misturar o timbre de Luís Melodia, com o modo de cantar de John Mayer no repertório de Frank Sinatra...
CC: – Misturaria um pôr-do-sol em Stromboli, na Itália, com a voz da areia de Grumari na Fontana di Trevi, em Roma!
AC: Que canção te emociona?
CC: – Amo loucamente Estate, cantada por João Gilberto, no disco Amoroso.
AC: Diga com quem você gostaria de fazer uma parceria no Brasil e outra na Itália...
CC: – Por aqui, adoraria compor com Chico Buarque e, na Itália, com Mina!
AC: Na canção ‘Simplesmente aconteceu’, o que você prefere: “O jardim dos sonhos” ou “as paredes de qualquer lugar”?
CC: – O jardim dos sonhos toda a vida...
AC: O compositor Lamartine Babo gostaria que seu epitáfio fosse: “Aqui jaz um homem que não gostava de jazz!”. O que você pediria que escrevessem no seu?
CC: – Pediria a seguinte frase: “aqui ninguém morreu, will be right back...”
Fonte :https://jblog.com.br/heloisatolipan.php?itemid=22470